# Dicionário Português-Inglês Pedagogicamente Incorrecto
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- The best-of presented to the worst-of.
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Se tudo na vida fosse tão bom como um mau blogue...
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Um revisionista feliz
Na infância as mulheres
apertaram-me contra o peito
A minha mãe escrevia poemas
como hoje. O país era amável
se esquecermos um breve período
de ditadura
que aliás serviu para vivermos dias
cheios de heroicidade.
Deus era indulgente
e tratava todos por igual
aquém e além mar
O resto não tem importância
A mulher que amei
abandonou-me
sem lágrimas.Trocámos livros,
dêvêdês e filhos.
O Matos e a dra. Filomena
ainda hoje
asseguram a perenidade
dos Correios sempre iguais
e sempre renovados.
A minha vida é
uma banda desenhada
de Loustal. Tão doce
que nunca sei se sonho.
O resto não tem importância
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Venceu a cultura da morte!
11 de Setembro, 11 de Março, 11 de Fevereiro. Datas manchadas pela morte!
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Creio que é compatível o voto na despenalização e ser — por pensamentos, palavras e obra — pela cultura da vida em todas as circunstâncias e contra o aborto. O “SIM” à despenalização da interrupção voluntária da gravidez, dentro das dez semanas, é contra o sofrimento das mulheres redobrado com a sua criminalização. Não pode ser confundido com a apologia da cultura da morte, embora haja sempre doidos e doidas para tudo.
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O caso ocorrido na Irlanda em 1992, que envolveu uma adolescente grávida que ameaçou suicidar-se se não lhe fosse permitido interromper a gravidez, talvez seja exemplo suficiente para percebermos os limites do que está em causa. Sendo a Irlanda, juntamente com Portugal, Polónia e Malta, dos países europeus com legislação mais repressiva na matéria, o Supremo Tribunal irlandês levantaria a interdição da jovem se deslocar ao estrangeiro, e esta pôde abortar em Inglaterra. Ora isto, independentemente da posição de cada um sobre a moralidade do aborto, deixa-nos perante a questão mais radical de todas: como obrigar uma mulher grávida que não quer ser mãe a sê-lo?* O que nos conduz a uma segunda pergunta: até onde pode o estado interferir nas decisões individuais dos seus cidadãos? É que, independentemente de concordarmos ou não com o argumento do “direito ao corpo”, independentemente de aceitarmos ou não a existência de um conflito de interesses entre o estatuto da mulher e do feto, e, até independentemente de nos colocarmos de um lado ou de outro, o que é inegável é que a natureza atribuiu à mulher o poder da maternidade. Enquanto assim for, não há legislação que possa mudar esse facto.
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[...] uma Lei que ignora completamente os pais (masculinos) que não querem que os seus filhos sejam abortados, mesmo que a mulher seja motivada pelo motivo mais fútil.Esta é a formulação mais sexista (o fantasma da «mulher fútil» que priva o macho do seu herdeiro... a mulher-encubadora que renega por capricho o seu dever de fornecer o Júnior). Com sorte, o nosso interlocutor fornece o argumento numa forma que, não sendo aberrante (como a anterior), está simplesmente errada:
Não concordo que o “pai” não seja tido nem achado na decisão.Ora, uma lei resultante da vitória do Sim não excluirá o “pai” da decisão: dirá que a decisão é da mulher, mas que factores a mulher leva em linha de conta antes de se decidir (pelo aborto ou não) não são definidos por lei — uma vez mais, é com a mulher. A mulher pode querer decidir sozinha, ou pode perguntar ao co-progenitor (namorado/companheiro/marido), ou à família, ou aos amigos, ou ao conselheiro espiritual... Ela pode guiar-se pelas opiniões e sentimentos de quem muito bem entender — mas a palavra final é sempre dela (obviamente). Mas uma lei nunca poderá nem deverá referir explicitamente outros decisores, pois isso abriria a porta para que alguém tivesse o poder legal de forçar a mulher a algo (seja a abortar, seja a não abortar).
Art.º 142.º, n.º 1: «Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina: [...]»(O consentimento só não é dado pela grávida se ela for menor de 16 anos ou estiver incapacitada para tomar tal decisão — números 3 e 4 do mesmo artigo.)
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Jornalista: Sabia?, parece que esse foi o vídeo de comédia mais visto de sempre na Internet...
Marcelo: Não! O meu [no site Assim Não!] foi mais...
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«Tem razão, não sei muito de Direito... mas sei de Ciência. [...] Reafirmo o que disse: este critério não pode ser adoptado para definir vida humana»
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«O natural seria que os pró-escolha (que normalmente dizem que “o aborto é sempre difícil e nenhuma mulher o faz por gosto”) enfatizassem os “remorsos” ou o “sindrome pós-aborto”, e que fossem os pró-vida (pelo menos, os que dizem que o aborto vai ser tão banal como o telemóvel) a os desvalorizarem.»
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«Isso de sermos “contra o aborto” depende do que se entende por “ser contra” e “ser a favor”.
Se por “ser a favor do aborto” entende achar que o aborto é uma coisa agradável de se fazer, uma coisa desejável — então não sou a favor e, se a alternativa for apenas “ser contra”, eu sou contra.
Mas repare: não é uma coisa agradável nem desejável para a mulher (traz riscos associados); a minha única preocupação é a mulher — o feto para mim não é relevante (nadinha).
Mas se por «ser a favor do aborto» entende defender que é uma opção legítima (ética e moralmente) para a mulher, então eu sou a favor.
O meu único dilema moral é relativamente a abortos muito tardios (após os 6 meses, mais ou menos), pois nessa altura a mulher pode dizer: «Não quero este ser dentro de mim! TIREM-MO!» e para tal não é preciso abortar — basta uma cesariana e uma encubadora, entregando a criança (agora sim, porque nasceu) à guarda do Estado.
Enquanto o feto não for viável cá fora (com recurso a encubadora, pois claro); enquanto depender totalmente, não apenas de uma pessoa, mas de uma pessoa em concreto; enquanto isso acontecer eu em consciência não considero aquele feto como um ser autónomo, logo, dotado de personalidade jurídica e direitos. E para mim é um direito inalienável da mulher livrar-se daquele ser que está dentro de si.»
«[citando-me:] “o feto para mim não é relevante (nadinha)”
Interessante. Suponho então que, quando alguém lhe diz lhe que teve um aborto espontâneo, o Fernando responde: “E...?”»
«Percebeu-me mal, Sr. Rui Fernandes (but what else is new?...). Eu não sou «indiferente à vida humana na fase de feto» (e não pense que estou a fazer a palinódia do que aqui escrevi ontem.
O que eu disse é que, numa fase em que o feto é inviável extra-uterinamente, se a mulher deseja abortar, o feto para mim é irrelevante, pois os interesses da mulher para mim prevalecem sempre. É nesse sentido que sou “indiferente ao feto” — porque ele não é factor que me faça defender que a decisão da mulher deva ser questionada ou mesmo proibida.
É nesse sentido que «não dou valor ao feto». Trata-se, simplesmente, de não lhe dar um valor maior do que aquela que lhe é mais próxima — a mulher que o carrega no ventre — lhe dá!
Já no caso de uma gravidez desejada (mesmo que não planeada), se a mulher dá importância ao feto (porque vê nele o prenúncio de um filho que aí vem), então eu não digo que o feto “não tem valor”.
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A ignorância é muito atrevida e, pelos vistos, quanto maior é a ignorância, maior é o atrevimento. O físico Galileu Galilei foi invocado a completo despropósito num recente espectáculo televisivo sobre a despenalização da IVG.
Será que a vida se define pelo mexer? Ou será a pessoa que se caracteriza pelo movimento?
O episódio seria simplesmente anedótico se não revelasse algo mais perigoso do que a ignorância, que já de si é perigosa. Revela a apropriação intelectualmente desonesta que o seu autor quer fazer da ciência e dos cientistas. [...] É o que acontece, por exemplo, com o dogma de que a vida começa no momento da concepção. A ciência diz que antes dessa forma de vida já há outras formas de vida, que de resto vão prosseguir. E é também o que acontece com o dogma que a pessoa está no DNA do óvulo fecundado. A ciência diz que há uma grande distância entre uma molécula que contém o código da vida e uma vida humana plenamente desenvolvida. Defender a «vida» e a «pessoa» sem mais nada é não dizer nada! Mas quem é que não defende a «vida» e a «pessoa»?
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