foto: Bruno Espadana

09 abril 2009

#  «Pessoa para todas as ocasiões»

Fernando Pessoa por José de Almada-NegreirosAbriu hoje oficialmente as portas um novo blogue, de seu nome Pessoa para todas as ocasiões, editado por mim e por uma amiga.

Conforme se pode ler do “editorial”, datado de 27 de Janeiro deste ano, a ideia é «fazer um blogue exclusivamente com citações da obra de Fernando Pessoa, escolhidas a propósito de acontecimentos, efemérides, evocações, associações de ideias, estados de espírito...»

O blogue já tem uma vintena de posts — por isso é ler antes que esgotem!

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27 agosto 2008

#  Orwell, 70 anos depois

GMT-70 years : Orwell Diaries
Os Diários de George Orwell, começados a escrever a 9 de Agosto de 1938, vão ficando disponíveis em formato de blogue, precisamente 70 anos após a sua redacção original.

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16 maio 2008

#  “Newspeak” eduquês

Há não muitos dias, em entrevista ao Correio da Manhã, a inefável Maria de Lourdes Rodrigues declarou que

«Facilitismo é chumbar»
Esta sentença vai bem junta com estas:

Na “novilíngua” (newspeak, no original) imposta pelo Governo do “Grande Irmão”, o Ministério do Amor encarrega-se da repressão e da tortura, o Ministério da Paz perpetua a guerra, o Ministério da Verdade falsifica a história...

(Em Portugal, Maria de Lourdes Rodrigues vai dando o seu modesto contributo no Ministério da Educação.)

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14 janeiro 2008

#  O Escritor (conto de microcontos)

(Nova versão, «revista e aumentada».)


1

Queria ser escritor.
Não tinha disciplina nem profundidade para o romance. Não tinha objectividade para a novela. Não tinha relevância para o conto. Não tinha poder de síntese para o microconto. Fora isso, não lhe faltava nada.
Nem sequer o Moleskine.


2

Queria ser escritor. Desse por onde desse, seria escritor.
Tentara o romance, tentara o conto — nunca acabara nada.
Tentara, em desespero de causa, o microconto — nenhuma ideia surgira.
Um dia, uma súbita inspiração: abriu o Moleskine e, de rajada, escreveu um ponto final.


3

A publicação de “.” apanhou a cena literária e o mercado livreiro de surpresa.
Em pouco tempo a sua obra inaugural arrebatava os tops de vendas. No final do ano a crítica foi unânime em elegê-lo como escritor-revelação. Era a nova coqueluche literária: não havia epígrafe em que não figurasse, não havia curso de escrita criativa que não o glosasse, nem dissertação de mestrado ou tese de doutoramento que não o citasse.
Era também terrivelmente plagiado. Mas aprendeu, estoicamente, a resignar-se.


4

À surpresa seguiu-se a certeza: contra todos os medos e maus agoiros, as obras seguintes confirmaram o fulgor e a frescura do Escritor. E não só como ficcionista, mas também nas vertentes de investigador e pensador crítico do nosso mundo: da sátira (“þ”) à Economia (“$”, “£”, “€”, “¥”...), passando pela Matemática (destaque para a diversas vezes reimpressa trilogia “>”, “<” e “=”), o seu contributo foi tudo menos irrelevante.
De facto, a sua primeira incursão pelo ensaio — “?” — tornou-se rapidamente leitura obrigatória nos mais prestigiados cursos de Filosofia (sucesso que se estenderia ao mundo hispano-falante depois da publicação de “¿?”, edição «revista e aumentada» cuja responsabilidade de tradução para o castelhano o Escritor chamou inteiramente a si). Anos depois, por pressão de alunos que se queixavam da exigência de tal obra de leitura integral, alguns cursos — à semelhança, de resto, do que já se passava em todas as faculdades de Teologia — adoptariam o menos inquisitivo e mais assertivo “.” (não confundir com a obra de ficção homónima, do mesmo autor). E, num exercício próximo da heteronímia, ou sinal de obsessão pelo contraditório, publicaria quase em simultâneo, sob nome suposto, “;”, uma refutação implacavelmente sardónica de “.” (referimo-nos ao ensaio, naturalmente).


5

Já num campo mais marginal, foi internacionalmente aclamado como «ground-breaking» o psicadélico “Ctrl+Alt”, também descrito como «o único digno sucessor de “The Doors of Perception”».
E, claro, como esquecer “æ” e “œ” («duas obras-primas da literatura erótica», chamaram-lhes), ou os muito mais polémicos “§” e “¶” (cuja temática homo-erótica ditou a sua remoção de muitos escaparates)?
Só não vingou na poesia. O manuscrito de “!” foi considerado «de um débil e inflacionado “sentimentalismo” poético» pelo único editor que contactou; o balde de água fria retirou-lhe o ânimo para novas tentativas.


6

Radicalmente anti-elitista, não desprezou os ditos “géneros menores”.
Foi com total desassombro que trouxe à luz do dia “—”, livro de auto-ajuda (subcategoria, autoconhecimento) que, à venda em todas as estações dos Correios, pôs meio país a falar com o seu Eu interior. (Pela mesma editora, o manual de yoga “&” foi apenas um sucesso relativo.)
Organizou também “«»”, uma bem sucedida recolha de citações famosas. A segunda edição revista (“«”) seria agraciada com o Prémio Escola Democrática da Associação para a Promoção de Novas Práticas Pedagógicas (APNPP) por «abrir a obra à participação activa e criativa do leitor-em-formação, contribuindo desta forma para uma Escola centrada no aluno»; no ano seguinte, a mesma APNPP atribuiria ainda uma Menção Honrosa, pelo mesmo «apelo à participação», à sua iniciativa — inédita e coroadíssima de sucesso — de organizar sessões de auto-autógrafos para/com a criançada.


7

Um dia atribuíram-lhe o Prémio Nobel. Polida mas irredutivelmente, recusou: as solicitações sociais de um laureado eram «too time-demanding».
E o que ele queria mesmo era escrever.

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01 novembro 2007

#  Manuel de Freitas uma oitava acima...

Capa de 'Jukebox', de Manuel de FreitasCapa de 'Que Comboio É Este', de A. M. Pires CabralCapa de 'Falésias', de Jorge Gomes MirandaCapa de 'Capitais da Solidão', de Rui Pires CabralCapa de 'Dezanove Maneiras de Fazer a Mesma Pergunta', de Carlos BessaCapa de 'Diques', Rui Pedro GonçalvesCapa de 'Que Comboio É Este' (2.ª edição), de A. M. Pires CabralCapa de 'Terra sem Coroa', de Manuel de Freitas

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26 março 2007

#  Pessoa(s)

Questionado quanto ao que pensava da sua posição no ranking dos «grandes portugueses», Fernando Pessoa escusou-se a uma resposta conclusiva. Alberto Caeiro, mordendo uma ervinha, respondeu monocordicamente que «Há metafísica bastante em não pensar em nada». Já Álvaro de Campos, da exaltação dos avanços tecnológicos que permitem auscultar (a 0,60€ + IVA) o sentir do Povo, passou à desilusão niilista com esse mesmo Povo e o seu sentir. E, fleumático, Ricardo Reis declarou que antes magnólias ama que a glória ou a virtude, concluindo com uma pergunta: «Que importa àquele a quem já nada importa que um perca e outro vença?»

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10 novembro 2006

#  Ler a ironia

Frontispício da edição original de 'Flatland'Há em muitas pessoas uma clara incapacidade de ler a ironia. Essa incapacidade é verificável mesmo naqueles que, pela sua profissão, deveriam estar habilitados a detectá-la. Veja-se o texto de Eduardo Prado Coelho (EPC) no Mil Folhas de hoje, em que fala da recente edição portuguesa de Flatland, romance de Edwin A. Abott em que as personagens são figuras geométricas:

[...] A isto deverá somar-se a questão das mulheres. Podemos dizer que aqui ressalta uma certa misoginia do autor. Em qualquer casa, por exemplo, deverá existir uma entrada só para os Homens e uma entrada posterior para as Mulheres. Mas também surge algo de subtil. As mulheres têm forma de agulha, são, por assim dizer, todas afiadas, pelo menos nas suas extremidades. Ora daqui decorre uma condição: podem tornar-se invisíveis. “Colocai uma agulha em cima de uma mesa, olhai-a de lado, de modo a que possais ver todo o seu comprimento; depois, olhai-a de frente e reparai como não vedes senão um único ponto: tornou-se praticamente invisível. Ora é isto mesmo que se passa com as nossas mulheres.” Este estatuto (algo em certa medida equivalente ao famoso aforismo lacaniano: “La femme ça n’existe pas”) torna-as manifestamente perigosas e por isso reprimidas pela ordem vigente masculina.

Não distinguirá EPC a misoginia da ironia? Não perceberá que a exposição de uma situação de facto (o estatuto de submissão da mulher na Época Vitoriana), mesmo que não expressamente contestada, não significa necessariamente uma apologia dessa situação? Não conceberá que por vezes a forma mais eficaz de crítica está no texto “meramente expositivo” e não no declaradamente argumentativo?

Talvez não. Talvez seja preciso fazer-lhe um desenho.



EPC não o diz, mas Flatland teve pelo menos uma edição nacional anterior: pela Gradiva, na colecção Ciência Aberta. Já agora, o livro inspirou um filme.

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08 novembro 2006

#  Cosmicómicas

José António SaraivaOntem à noite, no café com amigos, discutíamos os delírios mitómanos de José António Saraiva. Concretamente, deliciávamo-nos com «Em defesa do rigor», artigo publicado na última edição do semanário Sol, constando ao que parece de excertos do seu livro CONFISSÕES — os últimos anos no Expresso, o nascer do SOL e as conversas com políticos à mesa.

A leitura de Saraiva — como a sua vida, de facto — é fundamental para a compreensão do Portugal moderno. Pelo menos a julgar pelo que o próprio escreve. Aconteceu? Ele estava lá. Foi bom? Foi ele a sugeri-lo. Foi mau? Ele bem nos alertou, mas recusámo-nos a acreditar.

José António Saraiva é o Forrest Gump português: omnipresente e activo em todos os momentos-chave da História. Ou, dadas as evocações cósmicas do seu novo semanário, é uma versão infinitamente mais cómica de Qfwfq, a curiosa personagem que Italo Calvino, em Cosmicómicas, pôs a protagonizar todos os episódios relevantes da História do Universo, do Big Bang ao surgimento dos átomos, da formação das galáxias à evolução da vida na Terra.

Verdadeiramente, José António Saraiva é o Sol da nossa vida. E faz questão que nós o saibamos.

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19 maio 2006

#  3.º Encontro de Poesia de Vila do Conde

Vou para lá. Volto domingo.

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12 maio 2006

#  Stranger in a strange land

Cartaz com o programa do 3.º Encontro de Poesia de Vila do CondeNão me perguntem porquê, mas, no âmbito do 3.º Encontro de Poesia de Vila do Conde, vou estar no próximo dia 20 no painel «O blogue de opinião» (ou seja, podem estar descansados, que não irei falar de poesia...).
Os outros membros do painel serão José Pacheco Pereira, Manuel Jorge Marmelo, Pedro Sena-Lino e João Paulo Sousa (o moderador).

Noutro painel (que pretende cruzar blogues e literatura), estarão João Pedro George, Sandra Costa, Carla Hilário de Almeida Quevedo (os melhores acordares da blogosfera) e Filipa Leal.

O resto do programa, como se deseja num encontro de literatura, trata menos de blogues e mais de livros.

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11 maio 2006

#  Infelizmente

Opina José Mário Silva:
ESCREVER SEMPRE
No romance Lo demás es silencio, o autor guatemalteco Augusto Monterroso inclui um «Decálogo del escritor». A primeira lei desse decálogo é esta:
Cuando tengas algo que dicir, dilo; cuando no, también. Escribe siempre.
Tomara que fosse assim tão fácil.

Quatro anos a receber (e a rejeitar) propostas de publicação na Periférica mostraram-me que, em especial no caso da “poesia”, infelizmente é assim tão fácil.

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07 maio 2006

#  O Escritor (microcontos)

1

Queria ser escritor.
Não tinha disciplina nem profundidade para o romance. Não tinha objectividade para a novela. Não tinha relevância para o conto. Não tinha poder de síntese para o microconto. Fora isso, não lhe faltava nada.
Nem sequer o Moleskine.


2

Queria ser escritor. Desse por onde desse, seria escritor.
Tentara o romance, tentara o conto — nunca acabara nada.
Tentara, em desespero de causa, o microconto — nenhuma ideia surgira.
Um dia, uma súbita inspiração: abriu o Moleskine e, de rajada, escreveu um ponto final.


3

A publicação de “.” apanhou a cena literária e o mercado livreiro de surpresa.
Em pouco tempo a sua obra inaugural arrebatava os tops de vendas. No final do ano a crítica foi unânime em elegê-lo como escritor-revelação. Era a nova coqueluche literária: não havia epígrafe em que não figurasse, não havia curso de escrita criativa que não o glosasse, nem dissertação de mestrado ou tese de doutoramento que não o citasse.
Era também terrivelmente plagiado. Mas aprendeu, estoicamente, a resignar-se.


4

À surpresa seguiu-se a certeza: contra todos os medos e maus agoiros, as obras seguintes confirmaram o fulgor e a frescura do Escritor. E não só como ficcionista, mas também como pensador: da sátira (“þ”) à Economia (destaque para a diversas vezes reimpressa trilogia “>”, “<” e “=”), o seu contributo foi tudo menos irrelevante. De facto, a sua primeira incursão pelo ensaio — “?” — tornou-se rapidamente leitura obrigatória nos mais prestigiados cursos de Filosofia. Anos depois, por pressão de alunos que se queixavam da exigência de tal obra de leitura integral, alguns cursos — à semelhança, de resto, do que já se passava em todas as faculdades de Teologia — adoptariam o menos inquisitivo e mais assertivo “.” (não confundir com a obra de ficção homónima, do mesmo autor). E, num exercício próximo da heteronímia, ou sinal de obsessão pelo contraditório, publicaria quase em simultâneo, sob nome suposto, “;”, uma refutação implacavelmente sardónica de “.” (referimo-nos ao ensaio, naturalmente).

5

Já num campo mais marginal, foi internacionalmente aclamado como «ground-breaking» o psicadélico “Ctrl+Alt”, também descrito como «o único digno sucessor de “The Doors of Perception”».
E, claro, como esquecer “æ” e “œ” («duas obras-primas da literatura erótica», chamaram-lhes), ou os muito mais polémicos “§” e “¶” (cuja temática homo-erótica ditou a sua remoção de muitos escaparates)?
Só não vingou na poesia. O manuscrito de “!” foi considerado «de um débil e inflacionado “sentimentalismo” poético» pelo único editor que contactou; o balde de água fria retirou-lhe o ânimo para novas tentativas.


6

Radicalmente anti-elitista, não desprezou os ditos “géneros menores”.
Foi com total desassombro que trouxe à luz do dia “—”, livro de auto-ajuda (subcategoria, autoconhecimento) que, à venda em todas as estações dos Correios, pôs meio país a falar com o seu Eu interior. (Pela mesma editora, o manual de yoga “&” foi apenas um sucesso relativo.)
Organizou também “«»”, uma bem sucedida recolha de citações famosas. A segunda edição revista (“«”) seria agraciada com o Prémio Escola Democrática da Associação para a Promoção de Novas Práticas Pedagógicas (APNPP) por «abrir a obra à participação activa e criativa do leitor-em-formação, contribuindo desta forma para uma Escola centrada no aluno»; no ano seguinte, a mesma APNPP atribuiria ainda uma Menção Honrosa, pelo mesmo «apelo à participação», à sua iniciativa — inédita e coroadíssima de sucesso — de organizar sessões de auto-autógrafos para/com a criançada.


7

Um dia atribuíram-lhe o Prémio Nobel. Polida mas irredutivelmente, recusou: as solicitações sociais de um laureado eram «too time-demanding».
E o que ele queria mesmo era escrever.



(Nova versão, «revista e aumentada».)

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31 março 2006

#  O benefício da dúvida... mais ou menos

Neste diferendo entre Margarida Rebelo Pinto©®™ (MRP) e João Pedro George (JPG) já escrevi anteriormente: analisando as amostras fornecidas no artigo original (e JPG fornece muitas!), tendo a concordar genericamente com ele; se não assino claramente por baixo é por três razões.

A primeira é que não li os livros de MRP, não podendo por isso ajuizar se existe deturpação por JPG eventualmente citar fora do contexto, ou até que ponto (dimensão e importância para o cerne do livro em causa) chegam as citações ou paráfrases de outros autores — o que, para mim, é crucial para decidir entre um veredicto de plágio ou de intertextualidade.
Este “benefício da dúvida”, no entanto, é mais a manifestação de uma dúvida sistemática do que verdadeira dúvida: se não conheço a obra da autora em primeira-mão, pelo que tenho lido sobre as temáticas e o estilo, existe um profundo divórcio entre o que MRP escreve e o que eu quero ler. (Apesar de muitas das críticas virem de pessoas em cujos gostos literários confio, admito, ainda assim — no capítulo das hipóteses —, serem algumas das críticas tendenciosas.) E a “dúvida” nunca será totalmente desfeita: se o JPG está disponível para perder dias a fio a ler livros só para os demolir, eu não. Posso por vezes ser “enganado” e apanhar pela frente com uma xaropada, mas a vida é demasiado curta e a minha biblioteca já suficientemente farta para desperdiçar conscientemente tempo naquilo que à partida se me afigura ser isso mesmo: um desperdício.

A segunda razão para me controlar nas loas ao trabalho de desmontagem de JPG é que desconfio (mas é mais uma sensação de pele do que uma conjectura substanciada) de que poucos escritores — se é que algum, mesmo os “considerados” pela crítica —, resistiriam incólumes a uma “autópsia” minuciosa como as que JPG costuma fazer (todos temos os nossos maneirismos, os nossos lugares-comuns).

Finalmente, porque mesmo quando concordo totalmente com as ideias do JPG tenho a lamentar-lhe um excesso de indignação e uma certa falta de ironia: é sarcástico, mas falta-lhe alguma sofisticação; acho exagerado levar tão a peito, como se uma ofensa pessoal fosse, a produção escrita alheia.

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30 março 2006

#  Vamos lá a ter respeitinho pela propriedade industrial!

Rui Ângelo Araújo escreveu recentemente alguns bons posts (aqui, aqui e aqui) sobre a polémica entre João Pedro George e Margarida Rebelo Pinto©®™. Ó Rui, para evitar complicações judiciais por violação de «propriedade industrial», faz como eu: não te esqueças de apor-lhe o séquito de ©®™!

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05 março 2006

#  Não me lembra nada nem ninguém

Reciprocar, v. Escrever acerca da «pena talentosa» de alguém que mencionou a nossa «imaginação espirituosa».

In Ambrose Bierce, Dicionário do Diabo (1906), Tinta-da-China, 2006

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