foto: Bruno Espadana

31 março 2007

#  Antecipação (nanoconto)

Era um seguidista. Mas ia à frente, para disfarçar.

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28 março 2007

#  Não muito preocupado

Embora não me agrade, não é com muita preocupação que vejo Salazar no topo do ranking dos “Grandes Portugueses”. A confirmar o facto de que todo este concurso post mortem foi uma palhaçada está o segundo lugar obtido por Álvaro Cunhal...

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26 março 2007

#  Pessoa(s)

Questionado quanto ao que pensava da sua posição no ranking dos «grandes portugueses», Fernando Pessoa escusou-se a uma resposta conclusiva. Alberto Caeiro, mordendo uma ervinha, respondeu monocordicamente que «Há metafísica bastante em não pensar em nada». Já Álvaro de Campos, da exaltação dos avanços tecnológicos que permitem auscultar (a 0,60€ + IVA) o sentir do Povo, passou à desilusão niilista com esse mesmo Povo e o seu sentir. E, fleumático, Ricardo Reis declarou que antes magnólias ama que a glória ou a virtude, concluindo com uma pergunta: «Que importa àquele a quem já nada importa que um perca e outro vença?»

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#  O eleito

Salazar foi eleito «o maior português de sempre». Interpelado pelo NTVPI, o antigo ditador confessou que a sua primeira reacção a esta eleição (algo a que sempre se furtou em vida) foi negativa. Mas que se pacificou ao perceber que, tal como as que ele promovia, também esta era uma fantochada.

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23 março 2007

#  Just how funny is it, anyway?...

Eis um dos “links patrocinados” do Gmail, com o qual me acabo de deparar:

Livros Cristão Gratuitos: Divirta-se com livros Cristãos Gratuitos sobre o evangelho da salvação
Por incrível coincidência, numa outra janela do browser estava a ler um artigo na New Yorker, onde encontro este cartoon de Matthew Diffee:

(c) Matthew Diffee / The New Yorker
Não sei com qual me ria mais...

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22 março 2007

#  Inaceitável

Ouço no telejornal da RTP que uma juíza indeferiu um pedido de divórcio por maus-tratos apresentada por uma muçulmana, exactamente por a queixosa ser muçulmana e os maus-tratos (por parte do marido) serem aceites pela lei islâmica.

ISTO É INACEITÁVEL!

Não preciso de ouvir o resto da notícia, não preciso de saber os pormenores, as «circunstâncias» para afirmar:

ISTO É INACEITÁVEL!

Qual caruncho, o «relativismo cultural» anda a roer as bases dos valores humanistas europeus. Urge combater essa praga, urge reafirmar os nossos valores.
E não é por os valores da civilização Ocidental serem «universais», como tantas vezes se diz (pois é exactamente o contrário: se fossem universais não haveria necessidade de defendê-los).

Os nossos valores têm de ser defendidos porque são melhores.

(OK, está dito — porque não tenho dúvidas quanto a isso.)


Valha-nos ao menos saber que a decisão da juíza chocou muitos membros da comunidade islâmica alemã: pessoas que puderam verificar pessoalmente, nas suas vidas, a superioridade dos valores ocidentais.

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#  Dolorosa verdade

(c) Gahan Wilson / The New Yorker
«Perguntava-me quando é que repararias que há muitos mais degraus.»

© Gahan Wilson / The New Yorker (12/07/2004)



... E assim criámos o mito da Criação.

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#  Criacionismo vs. Evolucionismo

(c) Alex Gregory / The New Yorker
«Parece-me que é aqui que nos separamos.»

© Alex Gregory / The New Yorker (08/01/2007)




(Em todo o rigor, como é sabido, não é só o cristianismo evangélico que recusa a Teoria da Evolução...)

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#  Contributo evolutivo do Criacionismo

(c) Peter Steiner / The New Yorker
© Peter Steiner / The New Yorker (11/03/2002)

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#  Mente aberta

(c) Robert Mankoff / The New Yorker
Padre: «Desaparece!»

© Robert Mankoff / The New Yorker (17/10/2005)

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#  Evolução? Que evolução?

(c) Mischa Richter / The New Yorker
«E agora, falando contra a teoria da evolução...»

© Mischa Richter / The New Yorker (27/07/1992)

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#  A Criação explicada

Escreve Francisco José Viegas hoje:

Criacionismo

A perspectiva mais radical do «criacionismo» desfaz-se num minuto. Por exemplo: acreditar que o mundo foi criado há exactamente 6000 anos significa esquecer que a cerveja foi criada cerca de 2500 anos antes dessa data. É uma injustiça.

Pelo contrário, caro FJV — essa cronologia explica muita coisa, nomeadamente a imperfeição da Criação saída da mente e da mão de um Criador perfeito: Deus sentou-se no estirador após dois milénios e meio de divinais pielas. E, erro de cálculo, 6000 anos antes de se inventar o Gurosan.



PS: A propósito, acabo de descobrir o De Rerum Natura [Sobre a Natureza das Coisas], blogue colectivo de Carlos Fiolhais, Desidério Murcho e Jorge Buescu, entre outros. Dada a temática e a proveniência, entra directamente para a minha restrita lista de sugestões. (Vou ali actualizar o template e já venho...)

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19 março 2007

#  Os livros, o Livro e as pedras

Através do blogue do Tiago Barbosa Ribeiro chego ao excerto de um interessante debate entre Wafa Sultan (psicóloga árabe-americana) e o clérigo muçulmano Ibrahim Al-Khouly, ocorrido na televisão Al-Jazira há pouco mais de um ano:


O vídeo está legendado em inglês, mas destaco estas duas breves passagens:

Wafa Sultan na Al-Jazira
Quem lhe disse que eles são [parte do] «Povo do Livro»? Eles não são um Povo do Livro, eles são um povo de muitos livros. Todos os livros científicos úteis que temos actualmente são deles, fruto do seu pensamento livre e criativo.


Wafa Sultan na Al-Jazira
Eu não sou cristã, nem muçulmana, nem judia. Sou um ser humano laico. Não acredito no sobrenatural, mas respeito o direito de os outros acreditarem nisso. [...] Irmão, pode acreditar em pedras, desde que não mas atire.

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#  Paulo Portas Cardinali

Gostei da forma corajosa como Paulo Portas assumiu o pedido de desculpas aos eleitores pelo espectáculo degradante que se seguiu ao Conselho Nacional do CDS-PP — pedido a que (Portas fez questão de nos lembrar) se furtaram tanto o Presidente do partido como a Presidente do Conselho Nacional.

Perante tal demonstração de hombridade por parte de Paulo Portas, até me esqueci por momentos de que fora a trupe dele que montara o circo.

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16 março 2007

#  Como ajudar a Assistência Médica Internacional com os nossos impostos

A Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho, permite aos contribuintes consignarem 0,5% do IRS que lhes é liquidado a uma Pessoa Colectiva de Utilidade Pública (art.º 32, n.º 6). Esse dinheiro será entregue pelo Estado à entidade em causa, sem qualquer custo para o contribuinte.

A consignação é simples: basta, no Quadro 9 do Anexo H (Benefícios Fiscais) do Modelo 3 do IRS, assinalar com uma cruz o quadrado correspondente a «Instituições Particulares de Solidariedade Social ou Pessoas Colectivas de Utilidade Pública (art.º 32, n.º 6)» e, no campo 901, indicar o número de contribuinte (NIPC) da entidade beneficiária; para o caso da Assistência Médica Internacional, o NIPC é 502 744 910.

Consignação de 0,5% do IRS à Assistência Médica Internacional

Para qualquer esclarecimento adicional, contactar a AMI.

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15 março 2007

#  Pentagrama

Hoje, o Rui escreveu tudo o que eu gostaria de ter escrito, se por acaso soubesse o que se passa no mundo:
  1. Volta, João Paulo
  2. Canto mono
  3. Casamento e divórcio
  4. Prioridades

Obrigado, Rui! Ler-te valeu-me o dia.

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13 março 2007

#  Current Mood

Sem pasta “à executivo” e com outros antagonistas, mas confirma-se:

(c) Tom Cheney / The New Yorker
© Tom Cheney / The New Yorker

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10 março 2007

#  I wonder why

Na capa do Expresso de hoje:

Valentim Loureiro quer ser julgado na TV

O major quer provar a sua inocência num estúdio televisivo, perante advogados e juízes. Porque, afirma, nos tribunais ninguém o leva a sério.

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07 março 2007

#  Coisas que de todo dispensava

57. “Poesia” institucional televisiva.


(A pedido de várias famílias, agora com link.)

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06 março 2007

#  Da condição humana

É com criadores como Anne-Catherine Becker-Échivard que mais saudades tenho do meu tempo de “editor”...

'Begierde' (1999), por Anne-Catherine Becker-Échivard

'Zeit' (1999), por Anne-Catherine Becker-Échivard
'Spät' (1999), por Anne-Catherine Becker-Échivard
'Zu Spät' (1999), por Anne-Catherine Becker-Échivard

'Mississippi Burn-Out' (1997), por Anne-Catherine Becker-Échivard
(c) Anne-Catherine Becker-Échivard

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#  Tortura em horário nobre

A edição de 19 de Fevereiro da New Yorker traz um interessante artigo de Jane Mayer sobre o recurso à tortura na série de televisão “24”. Este artigo vem na sequência de um estudo da organização Human Rights First, que mostra que, não só o número de cenas de tortura tem aumentado (v. imagem aqui ao lado), como efectivamente elas têm um efeito negativo sobre os soldados que as vêem e que tendem a imitá-las: afinal, e ao contrário do que se passava há alguns anos, actualmente a tortura é usada pelos “heróis” das séries, que obtêm desta forma preciosos (porque sempre exactos*) resultados.

É uma coisa que nos deve fazer pensar — isso, e o facto de o pico de cenas de tortura se ter verificado em 2003, ano da invasão do Iraque. (O campo de detenção de Guantánamo foi aberto em 2002, sendo transferidos para lá prisioneiros da guerra do Afeganistão, onde já tinha sido noticiado o recurso à tortura na prisão de Bagram; o escândalo de Abu Ghraib veio a público em 2004.)
Como diriam os Americanos, the hidden agenda is not that hidden...


* Diversos estudos internacionais — e a experiência — apontam para a falta de eficácia da tortura: para além do desejo de martírio (particularmente verdadeiro quando falamos de terrorismo islâmico), que limita em muito a obtenção de informação, verifica-se frequentemente uma falta de fiabilidade desta: para os fazerem parar, os interrogados que cedem dizem, simplesmente, o que os torturadores querem ouvir (o que nem sempre corresponde à verdade)...

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01 março 2007

#  Protocolos Min. Saúde–Câmaras Municipais

Governo recupera mui nobre tradição das Cartas de Foral.

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