foto: Bruno Espadana

29 junho 2009

#  A Origem do Universo — Agoramesmismo

O vídeo que prova que o Universo NÃO foi criado há 15 000 milhões de anos (como afirmam os cientistas), NEM há 6000 anos (como diz na Bíblia).
De facto, o Universo foi criado... agora mesmo!
Espalhem a Boa Nova!!!

Etiquetas: , , , , ,

27 outubro 2007

#  Não me lembra nada nem ninguém (4)

Ilustração de Jason Holley
Ilustração de Jason Holley

  • inferior predictive structure (estrutura preditiva inferior)
  • frontal stupidity lobe (lobo frontal da estupidez)
  • CNBC gibberish cortex (córtex da léria da CNBC)
  • corpus credulum
  • neo-bovine herd-mentalitum (mentalitum da manada neo-bovina)
  • logic void (vazio lógico)
  • falsehood persistence node (nodo da persistência na falsidade)
  • arithmetical impossibility rationalization complex (complexo da racionalização das impossibilidades aritméticas)
  • price decline overreaction region (região da reacção exagerada à baixa de preços)
  • guru-bloviation acceptance ganglia (gânglios da aceitação do palavreado do guru)
  • beer (cerveja)
  • inappropriate enthusiasm nucleus (núcleo do entusiasmo inapropriado)
  • historical lesson rejection lobe (lobo da rejeição das lições da história)

Etiquetas: , , , , , , , , , , , , , ,

05 setembro 2007

#  Na superficialidade é que está o ganho

Escrevia Palmira F. da Silva ontem no De Rerum Natura:
[...] Em questão estava o título com que a National Geographic apresentava uma descoberta relatada na Nature e que dava a entender que esta descoberta despedaçava a teoria da evolução humana.
Outros media usaram igualmente títulos desconexos da realidade para apresentar a mesma descoberta, como é exemplificado pela canadiana CBS, que intitulou a história «World's oldest gorilla fossil challenges evolutionary beliefs». Ambos os títulos não têm rigorosamente algo a ver quer com as notícias que os acompanham quer com a descoberta reportada. Aparentemente os criacionistas apenas leêm títulos sem se darem à maçada de ler os artigos originais ou mesmo o corpo da notícia e quasi de imediato aproveitaram a «prenda» para repetirem qual mantra títulos de mau jornalismo.
Entretanto a National Geographic alterou o título de «New Fossil Ape May Shatter Human Evolution Theory» para o menos bombástico (e fantasioso) «New Fossil Ape May Shake Human Family Tree».

Esta história trouxe-me à lembrança o comentário de Jon Stewart à promessa de a CNN nos dar «mais histórias por hora»:


Para quem não quer — vá lá... — ou não pode ver o vídeo, ou para quem não percebe suficientemente inglês, o fundamental pode resumir-se a esta frase do apresentador do The Daily Show:
As pessoas não querem poucas histórias minuciosamente investigadas, elas querem muitas histórias abordadas por alto.

Etiquetas: , , , ,

22 março 2007

#  Dolorosa verdade

(c) Gahan Wilson / The New Yorker
«Perguntava-me quando é que repararias que há muitos mais degraus.»

© Gahan Wilson / The New Yorker (12/07/2004)



... E assim criámos o mito da Criação.

Etiquetas: , ,

#  Criacionismo vs. Evolucionismo

(c) Alex Gregory / The New Yorker
«Parece-me que é aqui que nos separamos.»

© Alex Gregory / The New Yorker (08/01/2007)




(Em todo o rigor, como é sabido, não é só o cristianismo evangélico que recusa a Teoria da Evolução...)

Etiquetas: , , , ,

#  Contributo evolutivo do Criacionismo

(c) Peter Steiner / The New Yorker
© Peter Steiner / The New Yorker (11/03/2002)

Etiquetas: , ,

#  Mente aberta

(c) Robert Mankoff / The New Yorker
Padre: «Desaparece!»

© Robert Mankoff / The New Yorker (17/10/2005)

Etiquetas: , , , ,

#  Evolução? Que evolução?

(c) Mischa Richter / The New Yorker
«E agora, falando contra a teoria da evolução...»

© Mischa Richter / The New Yorker (27/07/1992)

Etiquetas: , ,

#  A Criação explicada

Escreve Francisco José Viegas hoje:

Criacionismo

A perspectiva mais radical do «criacionismo» desfaz-se num minuto. Por exemplo: acreditar que o mundo foi criado há exactamente 6000 anos significa esquecer que a cerveja foi criada cerca de 2500 anos antes dessa data. É uma injustiça.

Pelo contrário, caro FJV — essa cronologia explica muita coisa, nomeadamente a imperfeição da Criação saída da mente e da mão de um Criador perfeito: Deus sentou-se no estirador após dois milénios e meio de divinais pielas. E, erro de cálculo, 6000 anos antes de se inventar o Gurosan.



PS: A propósito, acabo de descobrir o De Rerum Natura [Sobre a Natureza das Coisas], blogue colectivo de Carlos Fiolhais, Desidério Murcho e Jorge Buescu, entre outros. Dada a temática e a proveniência, entra directamente para a minha restrita lista de sugestões. (Vou ali actualizar o template e já venho...)

Etiquetas: , , ,

01 setembro 2006

#  A propósito da Evolução

(c) Gahan Wilson / The New YorkerCartoon de Gahan Wilson / The New Yorker



(c) Lee Lorenz / The New YorkerCartoon de Lee Lorenz / The New Yorker

Etiquetas: , ,

#  Evolução... qual evolução?

Leio no Público online:

Irá o Papa rejeitar a teoria da evolução e aceitar o criacionismo?

O Papa Bento XVI junta hoje e amanhã alguns dos seus antigos estudantes de Teologia, para debater a evolução e a religião. Esta iniciativa está a ser encarada como o apoio por parte do Vaticano da posição de alguns grupos cristãos conservadores, sobretudo norte-americanos: a recusa da teoria da evolução através da selecção natural, formulada pelo naturalista britânico Charles Darwin no século XIX.
[...]
Os blogues e sítios sobre ciência e religião estão cheios de discussões sobre se esta reunião significa que o Vaticano vai assumir uma postura mais crítica em relação à teoria da evolução, talvez até abraçando o criacionismo ou a teoria da concepção inteligente, nas suas roupagens mais modernas.

Eu, crítico que sou da Igreja católica (et alli), consigo compreender — até certo ponto — a sua renitência em aceitar a Teoria da Evolução. Por exemplo, é impossível explicar como, através da evolução, se chega a Joseph Ratzinger.

Etiquetas: , ,

11 abril 2006

#  Arma de Destruição Maciça

Com quase um mês de atraso, acabo de ler na New Yorker o artigo «Political Science» (subtítulo: «The Bush Administration’s war on the laboratory»), sobre a forma como religião e ideologia se vêm imiscuindo na investigação científica americana — particularmente em áreas médicas —, comprometendo o seu futuro e, em certa medida, já o seu presente. (O artigo não está disponível online, mas uma entrevista com o autor, Michael Specter, está.)

Muito se fala do militarismo de George W. Bush, mas a sua atitude anticientífica e a sua política de açaimamento da Ciência à agenda de grupos ideológica e religiosamente motivados é bem capaz de ser uma ameaça mais durável — porque negligenciada e porque ataca directamente um dos pilares da cultural ocidental (e do seu sucesso): a interrogação constante e sem restrições.

Alguns, incluindo europeus, verão num eventual declínio científico americano (e aqui “eventual” terá porventura o sentido que em inglês se lhe dá...) algo como uma doce vingança finalmente alcançada. Mas os EUA são ainda a figura-de-proa da civilização ocidental — e mau sinal é para o barco que a figura-de-proa se afunde.

Etiquetas: , , , ,