foto: Bruno Espadana

24 abril 2007

#  Azinhaga dos Besouros Teológica

'A Descida ao Limbo'A Igreja Católica acabou com o Limbo. Sem contemplações, entrou com os buldozers pelo bairro dentro, demoliu as barracas onde há séculos se abrigavam as criancinhas mortas sem baptismo (e outros ilegais) e seguiu em frente.

Ontem, um cónego explicava perante as câmaras que — tal como a Brandoa dos anos 1960-70 ou o Poceirão dos últimos anos, tal como as barracas da Estrada Militar do Alto da Damaia ou da Quinta da Caiada — o Limbo nunca foi oficialmente reconhecido pelo Catecismo (espécie de PDM teológico, presume-se). Os buldozers tinham, por isso, toda a legitimidade para entrar.

Resta saber o destino dos pobres desalojados. Ou a forma como vai a Igreja reabilitar a zona: parque urbano ou especulação imobiliária?

Finalmente, deixo para os tablóides a devassa da vida íntima: afinal, por onde andava realmente Jesus, quando nos diziam que tinha descido ao Limbo?...

Etiquetas: ,

23 abril 2007

#  Assobiar para o lado

Excerto de um comentário do Adam Gopnik, na edição da New Yorker que saiu hoje:

SHOOTINGS

[...] [We] were told that it was not the right moment to ask how the shooting had happened—specifically, why an obviously disturbed student, with a history of mental illness, was able to buy guns whose essential purpose is to kill people—and why it happens over and over again in America. At a press conference, Virginia’s governor, Tim Kaine, said, “People who want to . . . make it their political hobby horse to ride, I’ve got nothing but loathing for them. . . . At this point, what it’s about is comforting family members . . . and helping this community heal. And so to those who want to try to make this into some little crusade, I say take that elsewhere.”
If the facts weren’t so horrible, there might be something touching in the Governor’s deeply American belief that “healing” can take place magically, without the intervening practice called “treating.” The logic is unusual but striking: the aftermath of a terrorist attack is the wrong time to talk about security, the aftermath of a death from lung cancer is the wrong time to talk about smoking and the tobacco industry, and the aftermath of a car crash is the wrong time to talk about seat belts.[...]

Etiquetas: ,

#  Qual Green Card, qual quê! (16)

A New Yorker iniciou em 2005 um concurso de legendagem de cartoons: em cada número um dos cartoonistas da revista cria uma imagem (geralmente absurda) sem qualquer texto, devendo os leitores fornecer a legenda apropriada. As três melhores legendas são postas à votação e o vencedor é premiado com uma gravura do cartoon, devidamente assinada pelo artista, onde consta a sua legenda.
O senão de tudo isto é que se tem de ser residente nos EUA para poder concorrer. Não conformado com isso, apresento aqui a minha sugestão para o cartoon n.º 96:


(c) Alex Gregory / The New Yorker
«... and that’s when you suddenly realise: it’s a jungle out there!»

Desenho de Alex Gregory /The New Yorker

Etiquetas: , ,

02 abril 2007

#  Qual Green Card, qual quê! (15)

A New Yorker iniciou em 2005 um concurso de legendagem de cartoons: em cada número um dos cartoonistas da revista cria uma imagem (geralmente absurda) sem qualquer texto, devendo os leitores fornecer a legenda apropriada. As três melhores legendas são postas à votação e o vencedor é premiado com uma gravura do cartoon, devidamente assinada pelo artista, onde consta a sua legenda.
O senão de tudo isto é que se tem de ser residente nos EUA para poder concorrer. Não conformado com isso, apresento aqui a minha sugestão para o cartoon n.º 93:


(c) Mick Stevens / The New Yorker
«Dan Brown, anyone?...»

Desenho de Mick Stevens /The New Yorker

Etiquetas: , ,