# Outros números para pensar
O mesmo Arab Human Development Report (p. 92) apresenta mais alguns números vergonhosamente surpreendentes (Timothy Garton Ash refere-os em Free World).
Sobre a produção literária no Mundo Árabe pode ler-se:
Até aqui, nada de surpreendente. Mas logo a seguir, sobre o mercado da tradução, custa a acreditar:
Ou seja, o marcado da tradução livreira de um pequeno país, cuja língua só é falada por 12 milhões de pessoas (11 milhões de gregos, os restantes cipriotas) vale cinco vezes mais do que um mercado de 22 países e 280 milhões de habitantes!
E um país como a Espanha (admitamos: quase certamente o maior tradutor mundial) precisa de apenas um ano para traduzir a quantidade de livros que levou mais de 1100 anos (isso mesmo: onze séculos!) a traduzir nos países árabes.
Sem dúvida, são números para pensar — assim que recuperemos do choque.
Sobre a produção literária no Mundo Árabe pode ler-se:
[...] There are no reliable figures on the production of books, but many indicators suggest a severe shortage of writing; a large share of the market consists of religious books and educational publications that are limited in their creative content.
Até aqui, nada de surpreendente. Mas logo a seguir, sobre o mercado da tradução, custa a acreditar:
The figures for translated books are also discouraging. The Arab world translates about 330 books annually, one fifth of the number that Greece translates. The cumulative total of translated books since the Caliph Maa’moun’s time (the ninth century) is about 100,000, almost the average that Spain translates in one year (Galal, S., 1999). [...]
Ou seja, o marcado da tradução livreira de um pequeno país, cuja língua só é falada por 12 milhões de pessoas (11 milhões de gregos, os restantes cipriotas) vale cinco vezes mais do que um mercado de 22 países e 280 milhões de habitantes!
E um país como a Espanha (admitamos: quase certamente o maior tradutor mundial) precisa de apenas um ano para traduzir a quantidade de livros que levou mais de 1100 anos (isso mesmo: onze séculos!) a traduzir nos países árabes.
Sem dúvida, são números para pensar — assim que recuperemos do choque.
Etiquetas: Democracia, Direitos Humanos, Islão, Liberdade, Mundo Ocidental
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