# “Refugiados”
Chegou hoje a Portugal um grupo de portugueses que, imigrados ilegalmente no Canadá, procuraram (sem sucesso) lá permanecer invocando o estatuto de refugiados políticos. Acho que já escrevi sobre este caso (no tempo da Periférica), mas reitero-o: espero que o Estado português não assobie para o lado como se nada fosse, mas, pelo contrário, os leve a responder em tribunal pelo crime de difamação.
É possível (provável, mesmo) que estes homens tenham sido manipulados por um advogado sem escrúpulos — mas isso não os exime das suas responsabilidades. Também não andaremos muito longe da verdade se dissermos serem eles pessoas bastante incultas e não muito inteligentes — mas não ao ponto do atraso mental, não ao ponto da inimputabilidade.
Invocarem o estatuto de refugiados políticos é, não só uma afronta a Portugal e aos dez milhões que cá vivem, mas a todos os que saíram do país admitindo a sua real condição: emigrados económicos em busca de uma vida melhor, não de liberdade. E, acima de tudo, é uma afronta aos que, num passado ainda não demasiado distante, efectivamente fugiram de Portugal como refugiados políticos.
É possível (provável, mesmo) que estes homens tenham sido manipulados por um advogado sem escrúpulos — mas isso não os exime das suas responsabilidades. Também não andaremos muito longe da verdade se dissermos serem eles pessoas bastante incultas e não muito inteligentes — mas não ao ponto do atraso mental, não ao ponto da inimputabilidade.
Invocarem o estatuto de refugiados políticos é, não só uma afronta a Portugal e aos dez milhões que cá vivem, mas a todos os que saíram do país admitindo a sua real condição: emigrados económicos em busca de uma vida melhor, não de liberdade. E, acima de tudo, é uma afronta aos que, num passado ainda não demasiado distante, efectivamente fugiram de Portugal como refugiados políticos.
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