# Fé e aborto
Já se disse várias vezes (de ambos os lados da questão) que o Referendo ao aborto não é uma questão religiosa, mas é inegável que entre os crentes o factor religioso pesa.
Ao contrário do que acontece com alguns dos meus “correligionários” do campo do Sim, não me choca que a Igreja Católica (ou algum dos seus prelados) ameace com o estigma da excomunhão aqueles que praticarem aborto. As congregações religiosas são “clubes” onde, se a maior parte não entra por sua escolha — ainda não tinha idade para tal —, pelo menos permanece lá de livre vontade (quer dizer, a “livre vontade” é induzida à custa de muita pressão social à mistura, mas pelo menos já não existe uma imposição legal nesse sentido). Assim sendo, como “clube” que é, a Igreja Católica tem o direito de impor as regras que muito bem entender (dentro da legalidade do Estado) para que os membros sejam aceites como tal. E recusar a comunhão ou condenar ao anátema não me parece ferir os direitos constitucionais dos cidadãos que, cumulativamente, são também católicos.
Ao contrário do que acontece com alguns dos meus “correligionários” do campo do Sim, não me choca que a Igreja Católica (ou algum dos seus prelados) ameace com o estigma da excomunhão aqueles que praticarem aborto. As congregações religiosas são “clubes” onde, se a maior parte não entra por sua escolha — ainda não tinha idade para tal —, pelo menos permanece lá de livre vontade (quer dizer, a “livre vontade” é induzida à custa de muita pressão social à mistura, mas pelo menos já não existe uma imposição legal nesse sentido). Assim sendo, como “clube” que é, a Igreja Católica tem o direito de impor as regras que muito bem entender (dentro da legalidade do Estado) para que os membros sejam aceites como tal. E recusar a comunhão ou condenar ao anátema não me parece ferir os direitos constitucionais dos cidadãos que, cumulativamente, são também católicos.
Etiquetas: Aborto, Eleições e Referendos, Igreja Católica, Religião
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