# Li e concordei (2)
De Miguel Sousa Tavares, no Expresso de ontem:
Inadvertidamente ou não, o Papa não disse nada sobre o Islão que nenhum ocidental não pense. Quando citou o Imperador bizantino Manuel II, dizendo “mostra-me aquilo que Maomé trouxe de novo e encontrarás só coisas mas e desumanas”, como “o direito de difundir a fé pela espada”, o Papa disse exactamente aquilo que todos nós pensamos hoje sobre o que significa fundamentalmente a corrente dominante no Islão: o direito a mandar, a aterrorizar e a matar em nome de Deus. [...]
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Mas o que o Papa disse sobre o Islão, fingindo que não queria dizer, é exactamente o mesmo que se poderia dizer sobre qualquer outra religião, incluindo a católica. [...] E não foi a Igreja que mudou, mas a Revolução Francesa que ensinou os homens a mudar, contra a Igreja. Se olharmos para os dois mil anos de história depois do Novo Testamento [...], encontraremos as mesmas “coisas más e desumanas”, a mesma apologia de divulgar a fé através da espada. [...]
Etiquetas: Igreja Católica, Imprensa, Islão, Jornais, Religião
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