foto: Bruno Espadana

19 setembro 2006

#  2 x ½ caminho = descaminho?

No site dos CTT, concretamente na página de pesquisa de Códigos Postais, prometem-nos:
Pode efectuar a pesquisa de um arruamento por nomes não oficiais, mas pelos quais esses arruamentos também são conhecidos.
Exemplo: na localidade de Lisboa, ao pesquisar "Rossio", encontrará este arruamento com a indicação de que o seu nome oficial é "Praça D. Pedro IV.

Isso será verdade para Lisboa, mas não é para a «paisagem». Para os CTT, em Vila Real não existe uma Rua Direita (oficialmente, Rua Dr. Roque da Silveira), nem uma Rua Central (Rua dos Combatentes da Grande Guerra), nem uma Rua dos Quinchosos (Rua D. António Valente da Fonseca) — só para dar alguns exemplos no mesmíssimo centro da cidade (não numa aldeia recôndita).

E se uns arruamentos “não existem”, outros, pela mesma razão (o mesmo desconhecimento do terreno), “existem duas vezes”. É o que se passa com a minha morada, que entre nome oficial e nome oficioso tem, não um, mas dois Códigos Postais.

Há uns anos o slogan dos CTT anunciava que «o Código Postal é meio caminho andado». Com dois Códigos Postais, o caminho até à minha caixa de correio deveria estar garantido, não?...

Parece que não.


Já agora, o slogan dos Códigos Postais 4+3 era «Mais certo, mais perto». Para que conste, sou vizinho dos CTT (de facto, o meu jardim das traseiras confronta com o parque de estacionamento do edifício dos Correios e da Telecom). Apesar de tal proximidade, os carteiros parecem ter dificuldade em encontrar-me. Creio que perderia menos correspondência se se limitassem a atirar-ma por cima do muro...

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