# Ainda o Abominável Homem das Neves (e não só)
Vasco Pulido Valente escreve hoje no Público sobre o último Prós & Contras (a que aludi, entre outros, no post “O Abominável Homem das Neves”). Diz VPV (como eu antes, mas melhor):
VPV continua, mas salto para as suas palavras finais:
O dr. João César das Neves, que se distinguiu pelo seu zelo católico e pelo seu grande gosto de épater a esquerda bem-pensante e analfabeta, confiscou esta semana um debate de televisão sobre a Europa, com a conivência da “moderadora” e do cardeal Sebastião Martins.A atitude do cardeal, diga-se, é coerente: não só a Igreja comunga dos fins almejados pelo “sequestro” temático, como deixar o trabalho sujo ao leigo das Neves se inscreve na longa tradição de relaxamento ao braço secular. Já a atitude da “moderadora” (não há aspas que cheguem...) é inadmissível a uma suposta profissional.
VPV continua, mas salto para as suas palavras finais:
[...] a Europa nunca foi tão livre, tão próspera, tão justa e tão pacífica. Com algumas dificuldades de percurso, manifestamente. De qualquer maneira, longe da “decadência” e mais longe ainda do abismo “moral”, que tanto perturba o dr. Neves. Verdade que, como reconhece o próprio Ratzinger, a Igreja perdeu a autoridade de Estado (o inefável privilégio de impor e perseguir) e que se tornou social, ideológica e doutrinalmente periférica. Paciência. Em grosso, valeu a pena.Pois valeu. Agora falta garantir que o Islão perde o mesmo “inefável privilégio”. Ou, pelo menos, que na Europa nunca o ganhará.
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