# «¿Por qué no te callas?»
Sobre o instantaneamente famoso «¿Por qué no te callas?» do Rei de Espanha, duas coisas:
Primeiro: Juan Carlos não mandou calar Chávez: perguntou-lhe por que não se calava. Se na intenção vai dar ao mesmo, formalmente é diferente. E, como sabemos, diplomacia e educação vivem muito da forma, se bem que não dispensem (não devam dispensar) o conteúdo e a intenção.
Quanto às extrapolações monárquicas, são duplamente ridículas: não só porque não é preciso ser rei para pôr alguém na ordem, mas até porque a coroa neste caso é um empecilho: leva muitos a sair acriticamente em defesa do “plebeu” (simplesmente por ser “plebeu”, não por ter razão e merecer ser defendido) e suscita o comentário (que Chávez mais tarde faria) de que «Juan Carlos pode ser rei, mas não me cala». Um presidente não teria esse flanco aberto.
Primeiro: Juan Carlos não mandou calar Chávez: perguntou-lhe por que não se calava. Se na intenção vai dar ao mesmo, formalmente é diferente. E, como sabemos, diplomacia e educação vivem muito da forma, se bem que não dispensem (não devam dispensar) o conteúdo e a intenção.
Quanto às extrapolações monárquicas, são duplamente ridículas: não só porque não é preciso ser rei para pôr alguém na ordem, mas até porque a coroa neste caso é um empecilho: leva muitos a sair acriticamente em defesa do “plebeu” (simplesmente por ser “plebeu”, não por ter razão e merecer ser defendido) e suscita o comentário (que Chávez mais tarde faria) de que «Juan Carlos pode ser rei, mas não me cala». Um presidente não teria esse flanco aberto.
Etiquetas: Mundo, Política internacional
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