# Duplamente desconcertante
Paula Rego é dos poucos artistas cujas entrevistas verdadeiramente me interessam: o seu discuso não fica aquém da sua arte (mérito do discurso, não desmérito da arte). Nos outros, com sorte, interessa a arte — em Paula Rego até as palavras são desconcertantes!
O exemplo mais recente (de ontem) é o da reportagem de Alexandra Lucas Coelho na inauguração da retrospectiva de Paula Coelho no “Reina Sofía” de Madrid. Mas ainda recordo com humor a cara do comissário da exposição do CCB em 1997 (Alexandre Melo) a cada resposta da pintora...
De “The Pillowman” (peça que teve recentemente uma fenomenal encenação de Tiago Guedes), disse a pintora que transformou a sua vida (um elogio não despiciendo, vindo de alguém com a idade, o percurso e o universo temático de Paula Rego, referindo-se a um dramaturgo — Martin McDonagh — nascido em 1970). Nas palavras de Paula Rego: «Vi aquela peça e pensei: “Como é que há pessoas que sabem isto?”»
(Interessante: quando vi a peça no TNSJ pensei: «Como é que ele se lembra destas coisas?!» — mas Paula Rego viu melhor: McDonagh não inventa aquilo, ele sabe que aquilo existe!)
A pintora dedicou-lhe um tríptico:
(Há mais informação sobre esta obra — e a peça que a motivou — na reportagem do Público e no site da Tate.)
Agustina Bessa-Luís, Paula Rego e Martin McDonagh: ora aí está uma mesa-redonda para nos deixar de olhos arregalados!
O exemplo mais recente (de ontem) é o da reportagem de Alexandra Lucas Coelho na inauguração da retrospectiva de Paula Coelho no “Reina Sofía” de Madrid. Mas ainda recordo com humor a cara do comissário da exposição do CCB em 1997 (Alexandre Melo) a cada resposta da pintora...
De “The Pillowman” (peça que teve recentemente uma fenomenal encenação de Tiago Guedes), disse a pintora que transformou a sua vida (um elogio não despiciendo, vindo de alguém com a idade, o percurso e o universo temático de Paula Rego, referindo-se a um dramaturgo — Martin McDonagh — nascido em 1970). Nas palavras de Paula Rego: «Vi aquela peça e pensei: “Como é que há pessoas que sabem isto?”»
(Interessante: quando vi a peça no TNSJ pensei: «Como é que ele se lembra destas coisas?!» — mas Paula Rego viu melhor: McDonagh não inventa aquilo, ele sabe que aquilo existe!)
A pintora dedicou-lhe um tríptico:
(Há mais informação sobre esta obra — e a peça que a motivou — na reportagem do Público e no site da Tate.)
Agustina Bessa-Luís, Paula Rego e Martin McDonagh: ora aí está uma mesa-redonda para nos deixar de olhos arregalados!
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