# A boçal manada (2)
Ri-me (e sempre que recordo ainda me rio) da inocência utópica/edénica de uma amiga que aos 27 anos regressou à Universidade para tirar o seu segundo curso superior. Dizia ela que contava encontrar mentes prenhes de ideias, discussões apaixonadas e informadas dos temas da actualidade, dos temas de sempre, das leituras feitas ou a fazer. Em vez disso, encontrou boçalidade, vacuidade, carneirismo, cinzentismo, a “rebeldia de pacotilha” de quem não tem interesses nem objectivos dignos desse nome. Procurava interlocutores, encontrou apenas consumidores do oxigénio da sala (no período diurno).
Penso nisto enquanto, no autocarro, observo a t-shirt de um estudante: «STUDENT CROSSING», alerta o sinal onde se vê alguém de gatas, de garrafa na mão. Raramente uma classe se autodefine de forma tão exacta — e tão despudorada.
Penso nisto enquanto, no autocarro, observo a t-shirt de um estudante: «STUDENT CROSSING», alerta o sinal onde se vê alguém de gatas, de garrafa na mão. Raramente uma classe se autodefine de forma tão exacta — e tão despudorada.
Etiquetas: Educação
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