foto: Bruno Espadana

18 fevereiro 2006

#  O sonho

Deitou-se e sonhou com um tempo perfeito.

Não havia mais judeus usurpadores. Não havia mais cruzados cristãos opressores. Não havia mais pagãos idólatras. Não havia mais ateus, nem hereges, nem blasfemos, nem ímpios de vária ordem. Tudo era Islão e o Islão era tudo. Tudo o mais se acabara.

Acordou aterrorizado: acabavam-se as desculpas, também.

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