# Cor-de-Rosismo
Leio no Aspirina B:
Que se diga que há milhões de «muçulmanos cuja ambição é viverem em paz, conforto e harmonia com o resto do mundo», aceita-se. Mas cifrarem-se esses “aspirantes à harmonia” em centenas de milhões, e que essas centenas sejam 10 ou 12 — isto é, virtualmente, todos (algo mais que mil milhões) — é lirismo. Ou demagogia.
E afirmar que infelizmente essas centenas de milhões «são pessoas condicionadas pelos poderes políticos, religiosos e culturais» é, uma vez mais, lírico, infantil ou demagógico. Já dizia Ortega y Gasset: «Eu sou eu e a minha circunstância». De facto, os condicionalismos sociais, políticos, religiosos fazem parte de cada um (da sua maneira de ser, pensar e agir); se sou “naturalmente” tolerante*, mas a educação e a sociedade me leva a assumir atitudes intolerantes, então eu não sou de facto tolerante — pois não posso separar o que faço e o que me levam a fazer e defender daquilo que sou!
Finalmente, quando li que «talvez nem a si próprias se oiçam», fiquei com dúvidas se leria a Xis ou a badana de um livro da Pergaminho... Mas parece que não.
* Ai Rousseau, os estragos que ainda fazes!...
[...] Para quem gosta de números, apostaria os meus rentes [sic] em como há centenas de milhões de muçulmanos cuja ambição é viverem em paz, conforto e harmonia com o resto do mundo. Quantas centenas de milhões? Vou arriscar uma quantidade: entre 10 a 12.
São pessoas condicionadas pelos poderes políticos, religiosos e culturais. Pessoas cuja voz não se faz ouvir, que talvez nem a si próprias se oiçam. [...]
Que se diga que há milhões de «muçulmanos cuja ambição é viverem em paz, conforto e harmonia com o resto do mundo», aceita-se. Mas cifrarem-se esses “aspirantes à harmonia” em centenas de milhões, e que essas centenas sejam 10 ou 12 — isto é, virtualmente, todos (algo mais que mil milhões) — é lirismo. Ou demagogia.
E afirmar que infelizmente essas centenas de milhões «são pessoas condicionadas pelos poderes políticos, religiosos e culturais» é, uma vez mais, lírico, infantil ou demagógico. Já dizia Ortega y Gasset: «Eu sou eu e a minha circunstância». De facto, os condicionalismos sociais, políticos, religiosos fazem parte de cada um (da sua maneira de ser, pensar e agir); se sou “naturalmente” tolerante*, mas a educação e a sociedade me leva a assumir atitudes intolerantes, então eu não sou de facto tolerante — pois não posso separar o que faço e o que me levam a fazer e defender daquilo que sou!
Finalmente, quando li que «talvez nem a si próprias se oiçam», fiquei com dúvidas se leria a Xis ou a badana de um livro da Pergaminho... Mas parece que não.
* Ai Rousseau, os estragos que ainda fazes!...
Etiquetas: Blogosfera, Islão, Terrorismo
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