# A culpa é d’O Sistema
No Público online:
Eu cá pensava que fosse óbvio que tal acontecesse... e que todos os bancos o fizessem. Cobrar comissões por alguém não ter dinheiro para pagar atempadamente o que deve é normal: as pessoas têm de honrar os seus compromissos. O que é um abuso é cobrar comissões pela «manutenção de conta».
O caso da Caixa Geral de Depósitos é paradigmático:
Para ter uma Conta Poupança Habitação Jovem (quando isso dava benefícios fiscais), fui há uns anos obrigado a abrir uma nova conta à ordem, pois, na que eu já tinha, o segundo titular não se qualificava como «jovem». Eu disse que não queria mais contas à ordem, apenas a CPH, mas eles responderam-me que tinha de ser, pois «o sistema não permite uma conta a prazo ou de poupança sem uma conta à ordem associada». Depois, como eu não usava a segunda conta à ordem (pois não precisava dela e tê-la-ia dispensado se me tivessem dado oportunidade disso), ao fim de algum tempo cobraram-me 10 euros de «despesas de manutenção» daquela conta — conta que eu não queria, mas que o sistema deles me obrigava a ter sem eu precisar, penalizando-me depois por tê-la!
Quatro dos cinco maiores bancos portugueses passaram a cobrar comissões quando os clientes não têm dinheiro na conta no dia de pagamento da prestação da casa, avança o “Diário de Notícias”.
CGD, BCP, BPI e Santander Totta cobram entre 10,4 e 31,15 euros aos clientes que não tenham fundos nas suas contas à ordem suficientes para suportar a prestação mensal da casa.
A CGD vai começar a aplicar essa comissão a partir de Agosto sempre que a conta do cliente, passados cinco dias sobre a data da prestação do empréstimo, não tenha o montante indispensável para satisfazer o acordo que estabeleceu com o banco, mediante contrato.
Eu cá pensava que fosse óbvio que tal acontecesse... e que todos os bancos o fizessem. Cobrar comissões por alguém não ter dinheiro para pagar atempadamente o que deve é normal: as pessoas têm de honrar os seus compromissos. O que é um abuso é cobrar comissões pela «manutenção de conta».
O caso da Caixa Geral de Depósitos é paradigmático:
Para ter uma Conta Poupança Habitação Jovem (quando isso dava benefícios fiscais), fui há uns anos obrigado a abrir uma nova conta à ordem, pois, na que eu já tinha, o segundo titular não se qualificava como «jovem». Eu disse que não queria mais contas à ordem, apenas a CPH, mas eles responderam-me que tinha de ser, pois «o sistema não permite uma conta a prazo ou de poupança sem uma conta à ordem associada». Depois, como eu não usava a segunda conta à ordem (pois não precisava dela e tê-la-ia dispensado se me tivessem dado oportunidade disso), ao fim de algum tempo cobraram-me 10 euros de «despesas de manutenção» daquela conta — conta que eu não queria, mas que o sistema deles me obrigava a ter sem eu precisar, penalizando-me depois por tê-la!
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