# «O erro é uma forma de aprendizagem»
O tema do programa Sociedade Civil (RTP2) de hoje foi «Estudar é uma “seca”?».
Fui vendo-o aos pedaços, mas foi o suficiente para, entre coisas boas e menos boas, deparar com uma professora (que se definia «não como professora, mas como facilitadora de aprendizagens») que a certa altura do seu testemunho disse a frase que reproduzi no título deste post.
Não resisti e enviei o seguinte comentário para o blogue do programa:
Já agora, a nossa «facilitadora de aprendizagens» estava sentada no chão em frente a... quatro-alunos-quatro!
Não me pareceu que os outros vinte (habituais nas nossas salas de aula) estivessem simplesmente fora do enquadramento...
Fui vendo-o aos pedaços, mas foi o suficiente para, entre coisas boas e menos boas, deparar com uma professora (que se definia «não como professora, mas como facilitadora de aprendizagens») que a certa altura do seu testemunho disse a frase que reproduzi no título deste post.
Não resisti e enviei o seguinte comentário para o blogue do programa:
Acho inaceitável — criminoso! — alguém dizer, como uma professora que testemunhou no vosso programa, que «o erro é uma forma de aprendizagem»!
Não vamos fazer do erro algo que ele não é, algo melhor do que ele é, desta forma branqueando-o.
O erro é, na melhor das hipóteses, um alerta para a necessidade de mudar algo — por parte do professor e, muito importante, por parte do aluno (porque se este não quer, aquele não pode): mudar atitudes, mudar métodos de trabalho, trabalhar mais, trabalhar melhor.
Mas se não se passar do diagnóstico do problema (o que pressupõe reconhecer que errar encerra um problema) às medidas tendentes a colmatar esse problema (acabar com o erro), o erro é simplesmente estéril (ou, pior ainda, engendra mais erros).
É com lirismos destes, papagueados acriticamente por pedagogos-demagogos, que se vai enterrando mais e mais o nosso sistema de ensino.
Já agora, a nossa «facilitadora de aprendizagens» estava sentada no chão em frente a... quatro-alunos-quatro!
Não me pareceu que os outros vinte (habituais nas nossas salas de aula) estivessem simplesmente fora do enquadramento...
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