foto: Bruno Espadana

26 fevereiro 2008

#  O que não tem remédio...

Esta questão do fim da contestação às aulas de substituição (e a conclusão abusiva que Maria de Lurdes Rodrugues daí extrai quanto ao mérito de tal criação do seu Ministério) faz-me lembrar — com as devidas diferenças — a colectivização da agricultura na União Soviética da década de 1920.

A colectivização contou com forte oposição popular — de onde resultaram milhões de mortos e de deportados para os campos do Gulag —, mas por fim era um facto consumado e a contestação calou-se. Poderemos daí concluir que a colectivização foi benéfica para a economia e a sociedade soviéticas? Ou, simplesmente, que é quase infinita a capacidade das pessoas para se resignarem mesmo perante as ordens mais arbitrárias, injustas e estultas?

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#  Até à exaustão

Querendo (abusivamente) levar-nos daí a concluir quanto ao mérito da sua medida, a ministra da Educação referiu no Prós e Contras desta noite que as aulas de substituição foram inicialmente criticadas «até à exaustão», o que já não acontece.

Ora, não estarão os professores simplesmente... exaustos?

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07 fevereiro 2008

#  Ética terrorista

Público online:

EUA acusam Al-Qaeda de usar crianças em vídeos de propaganda

A Comissão de Ética da Al-Qaeda já mandou abrir um inquérito.

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02 fevereiro 2008

#  A irrelevância de estar morto

Contracapa ('The Vilarelher') e Capa da 'Periférica' n.º 14Fez dia 31 de Janeiro precisamente dois anos que saiu o último número da Periférica. Apesar de já levar dois anos e dois dias de defunta, a revista continua a receber propostas de colaboração (não só de autores ou candidatos a tal, mas também de voluntários para a enfadonha tarefa de rever textos)...

Quase que me comove que ainda haja quem se reveja no “cadáver”, mas esta irrelevância de estar morto tem o seu não tão agradável reverso da medalha: esconde na sua sombra a irrelevância de estar vivo.

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